Um condomínio seguro é desejo de todos os moradores. Investimentos em segurança, inclusive, têm figurado entre os principais gastos de um condomínio, especialmente nas grandes cidades brasileiras onde os índices de criminalidade são mais alarmantes. Tais investimentos costumam concentrar-se em um bom sistema de segurança nas áreas de infraestrutura física (como guaritas, muros, cercas elétricas e grades, por exemplo), em equipamentos (do CFTV a alarmes) e em procedimentos. Mas de nada adianta tantos investimentos se não houver regras claras e rígidas de acesso de moradores, fornecedores, visitantes e funcionários, que devem ser respeitadas por todos.
As falhas mais comuns estão na na infraestrutura, no comportamento dos moradores e também no treinamento dos profissionais que atuam no local, sejam porteiros ou vigilantes. O controle de acesso (entrada e saída) é o mecanismo mais explorado pelos criminosos. Em cerca de 90% das ocorrências em condomínios, as invasões ocorrem pelas entradas principais. Para isso, se utilizam de disfarces, passando-se por moradores, visitantes ou prestadores de serviço, fazendo abordagens próximas à portaria, entrando de carona em portões abertos, ou se aproveitando da boa vontade e ingenuidade de quem transita por ali ou atende o interfone. Estatísticas apontam que 82% dos casos, as quadrilhas invadem os prédios entre 18h e 6h, período em que todos chegam ou saem para trabalhar.
É preciso também ter muita atenção com as empresas terceirizadas, que prestam serviços no local. Especialistas afirmam que um dos fatores que eleva a insegurança condominial é atuar com funcionários sem treinamento e que desconhecem ou não respeitam as normas locais.
Não existe uma receita pronta para proteger os condomínios, até porque a segurança costuma ir na contramão da comodidade diária, e cada comunidade tem suas particularidades. Contudo, independentemente do porte do local, recomenda-se adotar uma cultura de segurança que vise medidas rígidas e investimentos na conscientização de todos os funcionários e moradores.